Princesa procura Príncipe para juntos governarem o País das Maravilhas e serem felizes para sempre.
Ironicamente hilariante, a minha felicidade está à mercê de um pseudo-jornal fantasioso. Porquê? Tenho uma boa casa, boa família, bons amigos, boas oportunidades na vida, sou bonita e inteligente. Porquê isto agora? Por mais empenhada que esteja na minha licenciatura ou na vida social, não é tudo isto tão bom porquê? Sozinha não tem tanta piada, não ter com quem trocar sorrisos reconfortantes, não ter quem me ajude a carregar o meu mundo às costas, não ter quem me eleve o ego. Mais que isso, não ter com quem partilhar um pedaço da minha vida.
Eles entram e saem do meu coração e da minha mente sem avisarem. E quanto menos fazem, mais magoam. A cada dia que passa sinto que gerir sentimentos e emoções é muito mais difícil do que pensava. E achava que tinha um mestrado em matéria de Amor (só por ser uma romanticaholic), já não sei nada.
Acho que para meu bem, ainda bem que não consigo ficar indiferente ao amor. Muito pelo contrário, mesmo não estando numa exaustiva procura, não consigo ser uma pessoa fria. Sinto-me cada vez mais quente. Não, não é do calor. Com o calor posso eu bem! Não posso é com tantas hormonas desnorteadas! =/ Bolas! Tenho 20 anos, não sou uma criança, tenho alguns objectivos de vida já traçados e outros esboçados na minha mente. Além de que não tenho tempo nem paciência para namoricos de adolescente! Que tal uma relação estável e duradoura?! Humm… a mim parece-me bem. Não quero casar com o primeiro que me aparecer à frente, mas quero deixar de ser vista como uma boneca insuflável. Ou então, se sou, digam-me onde está o pipo! Quero perder o ar e hibernar por um bom tempo!
Há uns dias dei por mim a debater com uma das minhas melhores amigas o que era melhor, se um namoro rápido e simples ou um romance épico. Não chegámos a nenhuma conclusão, mas concordámos que um romance épico com um pouco mais de simplicidade não seria mau de todo.
E às vezes apetece-me baixar os braços e desistir de tudo de uma vez. Olhar em frente e sorrir, como se o meu futuro fosse uma passerelle. Esquecer o amor e ser feliz com o que tenho.
Mas lá está, não consigo ficar indiferente ao Amor, sou demasiado quente. Não sei o que temperatura tenha a ver com Amor, mas foi o que sempre ouvi dizer. E o facto é que só de pensar, talvez no passado, talvez no futuro, no amor, estou capaz de incendiar a cama, sem precisar de combustível. Eu sou um perigo! Sou inflamável! =O fora de brincadeiras. Não consigo estar sozinha muito mais tempo. Sim faz-me bem, faz-me pensar mais em mim e em quem me rodeia. Mas nos últimos dois anos habituei-me a ter sempre alguém por perto, a ter alguém com quem dividir um pedaço da minha vida.
E é ridículo achar que não valho nada! Eu sei a miúda que era e na mulher que me tornei! Ninguém é perfeito, mas todas as qualidades e defeitos são superáveis.
(to be continued…)